ABSTRACT The value chains that compose family farming constitute several economic activities relevant to the Brazilian economy. The tobacco sector stands out for its financial aspect but also its environmental appeal. For this reason, it has been giving special attention to the sustainability of the production process, including the energy efficiency of tobacco drying, where forest biomass is used as a renewable energy source. Thus, the objective of this work was to carry out a diagnosis of forest production and consumption by tobacco producers. The applied methodology was based on the inventory of the producers’ forests and the Brazilian Association of Tobacco Growers’ database. It was estimated that the sector’s forestry base, comprised of the seven VTPR (Virginia tobacco-producing regions), had a total of 116,103.05 ha of Eucalyptus forest plantations. It is possible to observe that the forest structure is deregulated in both areas. The PR – Southeast, SC – North Plateau, SC – Alto Vale, and RS – Costa Doce regions showed a firewood deficit. The regions SC – Coast, and RS – Central Depression presented an oversupply of forest biomass. There is energy self-sufficiency for tobacco production for some of the VTPR. However, the scenarios showed a firewood deficit in part of the regions. Thus, results show that it is necessary to implement strategic plans to achieve energy self-sufficiency for the sector.
RESUMO As cadeias de valor que compõem a agricultura familiar constituem várias atividades econômicas que são relevantes para a economia brasileira. O setor fumageiro é destacado pelo aspecto econômico, mas também pelo apelo ambiental. Por isso este vem dando atenção especial para sustentabilidade do processo produtivo, entre eles a eficiência energética da secagem do tabaco, onde é utilizada biomassa florestal como fonte de energia renovável. Assim, o objetivo desse trabalho foi realizar um diagnóstico da produção e consumo florestal de produtores de tabaco. A metodologia aplicada baseou-se no inventário das florestas dos produtores e no banco de dados da Associação dos fumicultores do Brasil. Foi estimado que a base florestal do setor, composta pelas sete RPTV (regiões produtoras de tabaco Virgínia) apresentaram um total de 116.103,05 ha de plantios florestais de Eucalyptus. Ao analisar a distribuição das áreas de florestas alocadas nas classes de 2 a 7 anos foi possível observar que a estrutura florestal está desregulada em ambas as regiões. As regiões PR – Sudeste, SC – Planalto Norte, SC – Alto Vale e RS – Costa Doce apresentaram déficit de lenha. Já as regiões SC – Litoral e RS – Depressão Central apresentaram superoferta de biomassa florestal. Há autossuficiência energética para a produção de tabaco para algumas das RPTV. Contudo em parte das regiões os cenários mostraram déficit de lenha. Deste modo, resultados demonstram que é necessário a efetivação de planos estratégicos para alcance da autossuficiência energética para o setor.